segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ufa!!!!!!!!...acabei...foram 9!














O sebastião está escondido nos arbustos...só me ocorre esconder-me também e esperar que os efeitos nefastos passem...e comece rapidamente a recuperar :)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Isto está complicado...mas vai andando...

































E vão 4 sessões de químio :(...estou aqui no antes e depois do 1.º tratamento...CARECA! Não me choca a minha calvície brilhante e encerada, qual bola redondinha e de loiça. Fiquei bem preparada, obra das minhas filhas em sessão caseira e que até nos "divertiu" pelo caricato da figura...limpa de pêlos.
Não era para ser assim...até usei capacete :(.Diziam-me os enfermeiros "...ponha o capacete que não lhe cai o cabelo...", blá, blás à parte caíu-me logo ao fim das 3 semanas do 1.º tratamento...

O pior de tudo é suportar tamanho veneno! Não se descreve...sente-se! Viver para contá-la (Gabriel Garcia Marquez).

E o pior de tudo isto é que ainda me faltam mais 5 sessões...

A minha guerra química continua...onde é que eu vou buscar forças para isto!?

sábado, 20 de março de 2010

José Régio-Soneto quase inédito...




















Soneto quase inédito
Em memória de Aurélio Cunha Bengala

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

JOSÉ RÉGIO
Soneto escrito em 1969, no dia de uma reunião de antigos alunos.

De 1969 a 2010, mais do mesmo, tal e qual como nos nossos dias...e assim vamos indo a caminho da "banca rota".

Esta cambada de iluminados/políticos/governantes a quem estamos irremediavelmente entregues, onde a corrupção é palavra de ordem, já nos venderam a alma ao diabo, a troco de tanto gamanço e como se não bastasse atiram-nos com o PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento = Plano Encapuçado de Coimas), para que o povo PAGUE a CRISE!!!!

Já não se aguenta mais isto...e nós a vermos sem nada fazermos...

Vou virar Robin dos Bosques e levo sérias vantagens sobre os supracitados do gamanço...é que vou sacar-lhes a nossa "massa" p'ra dividir com o povo...

Já Canta Sérgio Godinho em LIBERDADE, e eu estou com ele...
...
"A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir"

sábado, 13 de março de 2010

Avô Nelo...algures numa estrelinha cheia de luz.

Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios.


Martin Luther King

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Hoje é o 1.º dia do resto da minha vida...

O Primeiro Dia

A principio é simples, anda-se sózinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

Sérgio Godinho

Adoro esta música. A letra diz-me muito, melhor dizendo sinto-a toda...a bem da verdade todas as músicas de Sérgio Godinho são excelentes!

Comecei hoje a jogar "A Batalha Naval" e dei o meu primeiro tiro no porta-aviões...o primeiro de alguns que terei que dar...e vou mandá-lo ao fundo!

A força está cá toda e a vontade de vencer esta batalha ainda maior e para aliviar a "coisa" vou ver o mar imenso, p'ró pintar, como eu gosto...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O Palhaço...


"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço."

Mário Crespo, jornalista, escreveu este texto, no Jornal de Notícias em 14-12-2009.

Parabéns Mário Crespo, eu sublinho e assino por baixo...onde é que nós vamos parar, se o palhaço se mantiver assim sempre no auge!?

E digo mais..."A escolha é simples...ou nós, ou palhaço!", a culpa é só nossa se continuarmos a engordar o PALHAÇO!

Boa Mário, muito BOA!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Rir é o melhor remédio...

















"No baile, num pequeno clube de uma cidade do interior, uma garota espera, sentada numa das mesas, que um rapaz venha buscá-la para dançar.

Aparece um sujeito, de boa aparência, e ela aceita na hora. Porém, ela logo percebe que o cara além de muito nervoso, suava pra caramba.

No meio da música, vendo que o camarada estava todo molhado de suor, ela não aguenta e diz:

- Você sua, hein!

E o cara:

- Vou ser seu também, meu bem!"