terça-feira, 28 de julho de 2009

Não me canso...do mar...














Por aqui me banho...
Por aqui busco energia...
Por aqui repouso...
Por aqui dia após dia...
Me sinto no melhor dos mundos...

É esta a minha relação com este mar imenso, simultâneamente belo e rebelde...onde a minha máxima é o respeito, onde só vou até onde ele me deixa ir...

A verdade mesmo é que a tal "barraquita" junto ao mar continua cá a ruminar..."o que tem que ser tem muita força", onde é que eu já ouvi isto!?

Vou fazer tanta força, tanta força que se não quebrar (de tanta força)...lanço a 1.ª pedra...pedra, pau...and so on, and so on...

Memórias da minha infância vivida em Moçâmedes, hoje Namibe, em Angola, numa casa à beira mar...toda a noite aquele mar rugia, embalando-me num sono profundo...às vezes de medo, especialmente nas marés vivas.

Por vezes chegava ao nosso jardim...de manhã tudo era mar...depois, ele recuava...

E eu, com a minha bóia preta (câmara de ar dum pneu), atirava-me às ondas e nadava bem para trás da rebentação e por ali andava horas, sozinha, eu e o mar...

Sentia-me completamente segura...afinal de contas havia lá maior segurança do que a minha bóia preta!?

O busílis da questão era quando avistava a mota do meu pai, marginal fora, pois vinha almoçar a casa!!! God save-me!

Enrolava-me numa onda e vinha dar com os costados à praia...era uma saída um pouco radical, convenhamos, de todo preferível ao castigo que me esperava, caso não estivesse em casa a tempo e horas do almoço.

Acontecia por vezes ser mal sucedida e aí tinha que ser o meu pai a lançar-se à água para me ir buscar...claro está que o pacote incluía o castigo!

Mas o crime compensava e no dia seguinte lá ia eu de novo fazer mais do mesmo!

Se me tivessem ensinado as marés eu teria concluído que com a maré a descer, bem podia dar às pernas que quanto mais nadasse mais me distanciava da praia, certo!?

Estas seriam as saídas mal sucedidas! Penso eu agora...ou seja...os castigos na maré a vazar :)

Como eu confiava na minha bóia preta!

Na minha "barraquita" que terei à beira-mar, vou ter uma bóia preta, para me sentir mais segura :)

Ontem...fui ao pomar...

















Há 4 anos plantei um pessegueiro no meu jardim...ao fim de 3 anos comecei a comer pêssegos.

Este ano, qual surpresa minha, o desgraçado, carregadinho, tombou com o peso...de uma só vez colhi 9 kg e ainda lá ficou com outro tanto...toda a malta leva fruta...

Por graça, ofereci esta caixinha de morangos que reciclei, como prenda de aniversário a uma amiga.

Original e com a prata da casa...os pêssegos papam-se e a caixinha pode sempre ter outra utilidade...fica para recordação...a minha AMIGA merece.

Suspensa...a Miranda...



Salada de Verão...Miranda!






Haverá maior encanto que este!? Coisas simples e belas...

Já aqui expliquei noutro post, que a Miranda apareceu aqui em casa há 2 anos e nunca mais se foi embora...

Numa casa com 4 cães e mais 2 gatos, ela que detestava os cães e que continua a detestar os gatos...ei-la aqui...onde quer e como quer...é um encanto, uma doçura...

De onde terá vindo esta gatinha!?

Ficou Miranda pois é o nome da nossa rua...e aos cães ela adora-os, excepto ao Faruk que, como é ceguinho, apesar da curiosidade dela, quando ele a fareja tenta morder-lhe.

Os outros têm-lhe cá um respeitinho!...quem manda é ela!

sábado, 11 de julho de 2009

Conversa da Treta...antes fosse!


















Não resisti a transcrever este texto de António Feio...

Grave, muito grave, é um alerta para que NUNCA, mesmo NUNCA estejamos desatentos...e CONFIAR pode ser uma aposta num jackpot que nos dá um passaporte para irmos desta para melhor...é que a nossa VIDA não tem PREÇO!


"Na semana passada fiz a minha primeira sessão de quimioterapia.

O meu Oncologista receitou-me um medicamento para os enjoos (SOS) que eu muito cautelosamente fui comprar à farmácia. Eram 13h30 e estava eu à porta da Farmácia para aviar a receita. Para espanto meu, percebo que a Farmácia fecha à hora de almoço. Ok. A solução era voltar uma hora mais tarde e assim o fiz.

Quando voltei pouco antes das 14h30 (hora de reabrir) esperei que a porta abrisse. Esperei e continuei a esperar até às 14h45. E lá chegou uma senhora a falar ao telemóvel que devia estar a tratar de um assunto muito importante porque a porta primeiro que abrisse ainda demorou mais uns cinco minutos.

Finalmente consegui entregar a receita à senhora da Farmácia. Confesso que o ar da senhora era no mínimo assustador. A receita (ainda a tenho comigo, assim como o recibo do remédio) tinha escrito METOCLOPRAMIDE.

Paguei e vim-me embora.

Durante esse dia e os seguintes, os tais sintomas de enjoos e náuseas provocados pela quimioterapia deitaram-me completamente abaixo. Fui mesmo obrigado a cancelar os espectáculos que tinha a norte do País.

Na sexta-feira fui ter com o meu oncologista para lhe pedir qualquer coisa que me aliviasse o mal estar. Ele assim o fez e receitou-me um outro remédio que comecei a tomar logo e que rapidamente começou a fazer efeito. No Sábado, Domingo e Segunda, voltei a sentir-me bem.

Hoje fui novamente ao Hospital para fazer a segunda sessão de quimioterapia e, qual não é o meu espanto, quando falava do meu estado de má disposição da semana passada e mostrava os comprimidos que andava a tomar, quando percebi que o remédio que eu andava a tomar para os enjoos não era para os enjoos mas sim para a Diabetes. Em vez do tal METOCLOPRAMIDE, estava a tomar METFORMINA.

A senhora da Farmácia tinha-me, pura e simplesmente, dado um medicamento errado.

Não só passei vários dias a tomar um remédio que não me aliviava, como ainda por cima, me diminuía os níveis de açúcar no sangue!!!

Podia só ter tido um ataque de hipoglicemia.

Este texto é só um desabafo.

Agora saiam da frente que eu vou ali abaixo “TRATAR DA SAÚDE” à senhora da Farmácia. Ou não fosse hoje o DIA MUNDIAL DA SAÚDE (LOL)"

António Feio, 6 de Dez. 1954, actor e encenador português, para além de teatro faz televisão (popularizou-se em sitcoms como Conversa da Treta, de entre outras).