sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O Palhaço...


"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço."

Mário Crespo, jornalista, escreveu este texto, no Jornal de Notícias em 14-12-2009.

Parabéns Mário Crespo, eu sublinho e assino por baixo...onde é que nós vamos parar, se o palhaço se mantiver assim sempre no auge!?

E digo mais..."A escolha é simples...ou nós, ou palhaço!", a culpa é só nossa se continuarmos a engordar o PALHAÇO!

Boa Mário, muito BOA!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Rir é o melhor remédio...

















"No baile, num pequeno clube de uma cidade do interior, uma garota espera, sentada numa das mesas, que um rapaz venha buscá-la para dançar.

Aparece um sujeito, de boa aparência, e ela aceita na hora. Porém, ela logo percebe que o cara além de muito nervoso, suava pra caramba.

No meio da música, vendo que o camarada estava todo molhado de suor, ela não aguenta e diz:

- Você sua, hein!

E o cara:

- Vou ser seu também, meu bem!"

A tourada...de Manuel Pinho!













Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.

Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.

Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.

Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.

Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.

Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.

Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...

Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.

E diz o inteligente
que acabaram as canções.

A letra do Ary dos Santos na voz de Fernado Tordo lindo!É de 1973 e parece que foi hoje...pois parece ainda por cima em cena na Assembleia da República, pelo actor supracitado, o ministro da Economia, por supuesto!

Ah,...já é ex...também! Foi a partir desse teatro...virou peão de brega :(

Valha-nos Deus, que estes já não enganam ninguém!

As trapalhadas de Armando Vara...



Manuel Godinho...por engano, à procura da EDP, foi ter ao gabinete do vice-presidente do BCP!?

SOCORRO! Alguém acha isto normal!?

Senão vejamos em entrevista à RTP com a jornalista Judite de Sousa:

"O antigo ministro socialista, Armando Vara, garantiu em entrevista à RTP que o encontro com o principal arguido no processo "Face Oculta" nas intalações do Banco Comercial Português (BCP) foi «obra do acaso».

Armando Vara explicou que «é verdade que não estava previsto Manuel José Godinho, [empresário de sucatas], ir ao BCP porque o encontro não era comigo era com o arguido Paiva Nunes [responsável pela EDP Imobiliária]».

«Foi por acaso que foi ter comigo, não dava com o endereço da EDP e telefono-me para saber onde era», acrescentou..."

Perfeitamente atónita, perplexa comigo mesma, pasmo por ainda me surpreender com toda esta verborreia, desta cambada de corruptos que singra impunemente por este País, onde só somos meros observadores hipnotizados pelo desfile desta corja de políticos corruptos!

Já não há saúde que aguente...é quase diariamente o "bombardeamento" com mais do mesmo, a relembrar: Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Jorge Coelho, Isaltino Morais, and so on, and so on...é que isto de enriquecimento ilícito não acaba aqui...todos no gamanço, uns mais subtilmente e outros mesmo à descarada...

Se eu mandasse neste "Casa" punha estes gajos todos a produzir clorofila! Acreditem que tinhamos o Planeta salvo com tanto oxigénio e assim como assim, conseguíamos saber quem era quem...é que estes seriam mesmo VERDES.

Oh God save me please!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mário Lino e a vergonha do Magalhães...



Tirou verbas à Acção Social para pagar o Magalhães...palavras para quê? É um artista português!!!!!!!!


"Pouco antes de sair do Governo, Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, telecomunicações e tecnologias de informação, foi buscar cerca de 180 milhões de euros à Acção Social Escolar para liquidar os encargos com o Magalhães e para a Fundação das Comunicações Móveis fazer o acerto de contas com as operadoras, avança a revista «Visão», que adianta que Mário Lino confirmou a informação."

"A fundação fez então o acerto parcial de contas com a Optimus e TMN e estas, ao abrigo dos protocolos negociados com o Governo, terão entregue aproximadamente 100 milhões de euros à JP Sá Couto, fornecedor dos cerca de 370 mil computadores Magalhães. Os restantes 80 milhões ficaram para os operadores, a título de devolução dos valores avançados para o pagamento dos computadores do e-escola (2º e 3ª ciclo do ensino secundário, professores, formandos das Novas Oportunidades, etc.). Mas segundo a Visão, os operadores admitem que as contas ainda não foram integralmente liquidadas."

Agora toca a "comer" o Magalhães...é que há por aí muita fome e a Acção Social Escolar não tem dinheiro para dar "APOIO" aos alunos que mais precisam!!!!

Neste caso a corrupção vem camuflada em nome do Magalhães...

Cá p'ra nós que ninguém nos ouve, ninguém mesmo, o que o ex-ministro devia fazer, era dedicar-se à agricultura, como faz o Sr. Magalhães cá do meu bairro.

Homem simples e simpático que tem no meio das couves, as rosas mais bonitas que alguma vez vi. Este Magalhães não é uma vergonha, é um Senhor!

Aprenda senhor ex- ministro, é que um dia não vai haver computador que o salve, se não tiver um palminho de terra para plantar as couves que lhe hão-de matar a fome!!!!

Estamos cá p'ra ver!

A Sombra do Vento...






Este CD tem para mim um valor muiiiiiito especial,a música é linda e a caixa feita só para mim pela minha maninha mais nova...ela é uma GRANDE ARTISTA e eu tenho muito orgulho nela.

Bem-Hajas NATA

Aliás é uma família de ARTISTAS e aqui recomendo vivamente o PINTARRISCOS

A Sombra do Vento...



A tradução não é perfeita, mas aconselho vivamente.

É um romance cheio de suspense, em que o virar de página nos leva a um novo enredo cada um mais hilariante que o outro...alguns mesmo insólitos.

A história passa-se em Barcelona, no pós-guerra civil, em que os efeitos da guerra eram ainda bem visíveis. As pessoas viviam amarguradas com toda a violênca física e psicológica de que tinham sido alvo. Vítimas de perseguição durante a Guerra Civil ainda imperava o medo.

No meio de todo este ambiente austero e cinzentão, cruzam-se lindas histórias de amor e de vida.

É uma escrita criativa, onde o suspense, a emoção e o humor estão bem doseados, provocando no leitor uma vontade quase compulsiva de ler de uma assentada só.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Amor e sexo...


Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte...

Amor é pensamento
Teorema
Amor é novela
Sexo é cinema..

Sexo é imaginação
Fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia...

O amor nos torna
Patéticos
Sexo é uma selva
De epiléticos...

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Oh! Oh! Uh!

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom
Amor é do bem...

Amor sem sexo
É amizade
Sexo sem amor
É vontade...

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes
Amor depois...

Sexo vem dos outros
E vai embora
Amor vem de nós
E demora...

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Oh! Oh! Oh!

Amor é isso
Sexo é aquilo
E coisa e tal!
E tal e coisa!
Uh! Uh! Uh!
Ai o amor!
Hum! O sexo!

Rita Lee

Acabei de ouvir esta música que considero intemporal...adoro este trocadilho...

A imagem é de Julio Pomar "Grávida", lindo!