segunda-feira, 16 de março de 2009

Desabafos...




Alturas há...nas nossas vidas em que não nos sentimos nada bem.

Eu estou nessa...faço um balanço da minha vida e parece-me que a vivi num falhanço total e absoluto! "Perdi" anos de vida sem ser aproveitada do melhor que sei e faço. Penso, porém, que não foi por falta de capacidade e de luta pelos meus objectivos, mas sim por falta de "apoio", de não ter tido oportunidade de mostrar o que valho, daquilo que sou capaz.

Anos vividos em prol de quem me rodeia, sem parar para pensar...tenho um enorme espírito de militância por quem tenho debaixo das minhas "asas". Assumi sem que mo pedissem, os comandos duma família de mulheres..."firme e hirta"!

Por ela tenho feito tudo...AMO A MINHA GENTE!

Atenta a tudo o que me rodeia...a minha máxima é...se cada um de nós fizer um bocadinho...teremos um mundo melhor:Reciclando...preservando...plantando...adoptando (cats and dogs)...

Nestes tempos incertos de CRISE...sinto-me à deriva, no meio duma tempestade medonha!

E agora José..."José Cardoso Pires"!?

Com os meus neurónios em órbita...num completo flipanço...ocorre-me dar corda aos sapatos e mudar de vida.

É isso mesmo...MUDAR DE VIDA!

Com a carripana da foto...rumo a outras paragens e com tudo lá dentro...a minha gente e os meus bichos...VAMOS COMEÇAR DE NOVO!


Let's go and forget

quarta-feira, 11 de março de 2009

"PENSEI QUE O MEU PAI ERA DEUS"...








Pensei que o meu pai era Deus

(...) Normalmente era a minha mãe que aparecia, mas, neste caso, foi o meu pai. Ninguém gostava muito de Mr. Bernhauser, mas o meu pai dedicava-lhe um ódio muito especial porque ele ficava com todos os brinquedos e bolas que fossem parar ao seu quintal. De maneira que, um dia Mr. Bernhauser desatou a gritar connosco para nunca mais tocarmos na sua querida ameixeira e vai o meu pai pergunta-lhe qual era o problema. Mr. Bernhauser respirou fundo e lançou-se numa diatribe sobre miúdos ladrões, delinquentes, ladrões de fruta e monstros em geral. Imagino que o meu pai já estava farto e mais que farto do vizinho, pois gritou-lhe que fosse morrer longe – de preferência longe, acrescentou, mas também podia ser ali. Mr. Bernhauser parou de gritar, olhou para o meu pai, ficou vermelho que nem um pimento, depois roxo, agarrou-se ao peito, de roxo passou a cinzento e, lentamente, afundou-se no chão do quintal. Pensei que o meu pai era Deus.

Robert Winnie


Um dia em Highley

Um dia, quando eu era um jovem contabilista, visitei um cliente que tinha uma quinta, nas proximidades de Highley, no Arizona. Estávamos nós à conversa quando ouvimos uma coisa a arranhar na porta da rede de arame. Diz-me o meu cliente: “Preste atenção”. Foi abrir a porta e, surpresa das surpresas, a “coisa” era um lince americano bastante corpulento. O meu cliente encontrara o lince, ainda bebé, num campo de luzerna e, desde então, o animal fazia parte da família. Mal abriu a porta, o lince correu para a casa de banho, saltou para a sanita e, agachado sobre os rebordos da mesma, fez o seu serviço. Quando terminou, saltou para o chão, ergueu-se sobre as pernas traseiras, estendeu uma das patas da frente e puxou o autoclismo.

Carl Brooksby
Mesa, Arizona

Paragens cardíacas

O homem chegou às urgências em paragem cardíaca total. Os paramédicos tentaram a reanimação cardiopulmonar. Tinham-lhe administrado duas doses de drogas – epinefrina, atropina, bicarbonato de sódio. Entubado as vias aéreas superiores durante o transporte. À chegada, verificou-se que estava em fibrilhação ventricular. Mais epinefrina e choques eléctricos. Nenhuma reacção. O homem foi declarado morto: um homem de setenta e um anos que vivia sozinho num parque de caravanas local e que, presumivelmente, fora vítima de um ataque cardíaco fulminante.
Ela chegou às urgências em paragem cardíaca total. Os paramédicos tentaram a reanimação cardiopulmonar. Tinham-lhe administrado duas doses de drogas – epinefrina, atropina, bicarbonato de sódio. Entubado as vias aéreas superiores durante o transporte. À chegada, verificou-se que estava em fibrilhação ventricular. Mais epinefrina e choques eléctricos. Nenhuma reacção. A mulher foi declarada morta: uma mulher de quarenta e dois anos que se deslocara à cidade para o enterro do pai. Ficara na caravana dele, num parque de caravanas local. Sem sabor, nem cheiro – o monóxido de carbono envenenara-a também a ela.


Sherwin Waldman, M.D.
Highland Park, Illinois


«Pensei que o meu pai era Deus», antologia organizada por Paul Auster


Paul Auster organizou neste livro uma extraordinária colecção de estórias recolhidas num programa do National Public Radio. Surgiu, assim, o “National Story Project”, de que este livro é a compilação de muitas das contribuições dos ouvintes dessa rádio.O que torna este livro fascinante é o facto de tanta ordinary people partilhar cenas e estórias fantásticas de uma existência em que, aparentemente, nada teriam de interessante.

Confesso que este livro me acompanhou durante algum tempo, nas minhas viagens de combóio. Aconteceu por vezes, dar comigo a pensar em mudar de vida, tal como na estória que acabara de ler, em que o narrador mandou tudo às urtigas e virou a vida do avesso!

Transcrevi aqui apenas três estórias de entre muitas que aconselho ler...

terça-feira, 10 de março de 2009

Primavera...volta que estás perdoada...


















Como se não bastasse a CRISE, essa mesmo, aquela em nome da qual andamos nas lonas...os € a emagrecer a olhos vistos...numa economia anorética mesmo...o tempo também do contra...frio, vento e chuva...ai S. Pedro também tu!!!Somando a tudo isto a verborreia dos Doutorados no Gamanço, vulgo Políticos, que nos papam por cambada de tóinos...não nos faltava mais nada...(é que uma desgraça nunca vem só)...

Só tu Primavera para nos mostrares que a vida tem as tuas cores,a beleza única das flores, com que tu, Natureza nos presenteias...ano após ano...imune a tudo isto!

Eu e os meus sentimentalismos...é isso, isso mesmo! Se não fosse esse lado colorido da vida...e os meus amores, já tinha tirado licença de porte de arma e assim como assim, gamanço por gamanço...lá diz o ditado..."ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão", aos 150 anos ainda por cá andaria a cumprir o tal perdão...e a especializar-me na coisa, a saber, no meu CV: Pós-Graduação; Mestrado; Doutoramento e MBA em Gamanço!

sexta-feira, 6 de março de 2009

É vero...




Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão

Eça de Queiroz

quinta-feira, 5 de março de 2009













Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais...os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento.

Charles Darwin